quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Os Infernos - Quarta Parte


Hércules combatendo a Hidra de Lerna

Diante do vestíbulo dos Infernos, na estreita passagem que conduz à sombria morada, habitam pavorosos espectros. É ali a morada escolhida pela Dor, pelo Luto, pelos pungentes Remorsos, pelas pálidas Moléstias, pela triste Velhice, pelo Terror, pela Fome, essa má conselheira, pela vergonhosa Indigência, pela Fadiga, pelo Abatimento, pela Morte. 
Aí também se veem o Sono, irmão da Morte, as Alegrias culpadas, e defronte a Guerra Assassina, as jaulas de ferro das Eumênidas e a cega Discórdia, cuja cabeleira cheia de serpentes está entrelaçadas por fitas ensanguentadas. No meio do vestíbulo eleva-se um olmo copado, imensamente grande, onde residem os Sonhos quiméricos, que aderem sob todas as folhas. Encontram-se ainda nesse lugar outros monstruosos espectros de toda espécie e conformação: são centauros, seres híbridos, gigantes de cem braços, a hidra de Lerna, uma quimera que vomita fogo, e silvam horrivelmente Gorgones e Harpias, homens compostos de três corpos em um só. É por esse caminho medonho que chegam as almas e daí se encaminham para os juízes, mas é preciso que antes de tudo atravessem os rios infernais.

Referências
Mitologia Grega e Romana - P. Commelin

Os Infernos - Terceira Parte


O Tártaro propriamente dito vinha depois do Inferno dos maus: era a prisão dos deuses. Cercado de um tríplice muro de bronze, sustentava os vastos fundamentos de terra e dos mares. A sua profundidade era bem afastada do céu. Era aí que estavam encerrados os Titãs, os Gigantes e os deuses antigos expulsos do Olimpo pelos deuses que reinavam vitoriosamente, era lá também que estava o palácio do rei dos Infernos.
Os Campos Elíseos eram a morada feliz das almas vitoriosas, reinava aí uma eterna primavera, a terra sempre alegre cobria-se incessantemente de verdura, de folhagem, de flores e frutos. Á sombra dos bosques embalsamados, das moitas de roseiras e de mirtos, alegrados pelo canto e pelo gorjeio das aves, regados pelas águas do Letes, correndo em doce murmúrio, as almas afortunadas gozavam o mais delicioso repouso, uma perpétua mocidade, sem sobressaltos e sem dor. Deitados sobre leitos de asfodelo, planta de pálida folhagem, ou molemente reclinados sobre a fresca relva, os heróis contavam mutuamente as suas empresas ou ouviam poetas que celebravam os seus nomes em versos de uma encantadora harmonia. Nos Campos Elíseos finalmente estavam reunidos todos os encantos e prazeres, assim como no Inferno dos maus estavam reunidas todas as espécies de tormentos.

Referências
Mitologia Grega e Romana - P. Commelin


Os Infernos - Segunda Parte


Entretanto, é possível fazer uma ideia geral da carta geográfica dos Infernos tal qual a Antiguidade a imaginava no seu conjunto.

Distinguiam-se quatro regiões principais:
A primeira, mais vizinha da terra, era o Érebo, para além estava o Inferno dos maus, a terceira região compreendia o Tártaro, e a quarta os Campos Elíseos.

No Érebo viam-se os palácios da Noite, do Sono e dos Sonhos; era a morada de Cérbero, das Fúrias e da Morte. Era aí que erravam durante cem anos as desgraçadas sombras cujos corpos não tinham recebido sepultura; quando Ulisses evocou os mortos, aqueles que lhe aparaceram, diz Homero, saíram todos do Érebo.
O Inferno dos maus era o lugar temível de todas as expiações: era lá que o crime recebia seu justo castigo, era lá que o remorso atormentava as suas vítimas, era lá que enfim se faziam ouvir as lamentações e os gritos agudos de dor. Aí estavam todos os gêneros de tortura. Esta região horrível, cujas planícies eram apenas aridez, cujas montanha eram apenas rochas e declives, encerrava tanques gelados e lagos de enxofre, e pez fervendo onde as almas eram sucessivamente mergulhadas e passavam pelos suplícios de um frio ou de um calor extremo. Essa região era cercada de pântanos lamacentos e fétidos, de rios de águas empoçadas ou abrasadas, formando uma barreira impossível de transpor, e não deixando às almas nem uma esperança de fuga, de consolação nem de socorro.

Referências
Mitologia Grega e Romana - P. Commelin

Os Infernos - Primeira Parte


Na mitologia grega e romana, os Infernos são os lugares subterrâneos onde descem as almas depois da morte para serem julgadas, e receber o castigo dos seus crimes ou a recompensa das boas ações. "Todos os caminhos levam aos Infernos", disse um poeta antigo; isto é, à morte e consequente julgamento. 
Esses lugares subterrâneos, situados a uma profundidade incomensurável embaixo da Grécia e a Itália, estendiam-se até os extremos confins do mundo então conhecido; e assim como a Terra era cercada pelo rio Oceano, eles eram cercados e limitados pelo Reino da Noite. Acreditavam os gregos que a sua entrada estava situada nos antros vizinhos do cabo Averno, ao sul do Peloponeso; os romanos supunham que haviam outras entradas mais perto deles, como, por exemplo, os abismos do lago Averno, as grutas vizinhas de Cumas. De resto, tanto na Grécia como na Itália, era crença geral que todas as cavernas, todas as anfractuosidades, as fendas do solo cuja profundidade ninguém nunca sondara, podiam estar em comunicação com os Infernos. 

Hades, o deus grego 
dos mortos

Será supérfluo e pueril tentar uma descrição desse império subterrâneo, onde a imaginação dos poetas, auxiliada pela credulidade dos povos, se aprouve em introduzir particularidades divergentes e muitas vezes contraditórias.

Referências
Mitologia Grega e Romana - P. Commelin

Monte Olimpo



Depois que os deuses e os Titãs entraram em conflito, os três deuses mais poderosos dividiram o cosmo - Posêidon ficou com o mar, Hades com o mundo subterrâneo e Zeus com o céu. 
Zeus escolheu o Olimpo para sua morada e ali foram viver doze dos principais deuses e deusas. 
No Olimpo era sempre primavera, mas um anel de gelo separava os deuses dos mortais abaixo.

Referências
PubliFolha - Mitologias

Os Olímpicos - Afrodite



Afrodite era a deusa do amor, da sexualidade e da beleza. 
Sua equivalente romana é chamada de 'Vênus'. 
Segundo Hesíodo, ela nasceu quando Cronos cortou os órgãos genitais de Urano e arremessou-os no mar. Da espuma surgida ergueu-se Afrodite.

Os Olímpicos - Héstia



Deusa do lar e a mais velha dos Olímpicos, que incluíam Posêidon, Zeus e Deméter, Héstia era a mais pacífica das divindades. Protegia a estabilidade da família e a ordem social, e presidia a outorga de nomes às crianças.

Referências
PubliFolha - Mitologias

Os Olímpicos - Hefaístos



O ferreiro divino Hefaístos (ou Hefesto) nasceu manco e tão feio que sua mãe, Hera, atirou-o no rio Oceano. Salvo pelas ninfas, torou-se um artesão famoso, que fazia belos ornamentos com pedras preciosas e corais. 
Impressionados com seus talentos, os deuses o levaram de volta para o Olimpo e fizeram dele o deus do fogo e do artesanato. Suas criações iam de armaduras mágicas que tornavam invencíveis quem as vestisse, até Pandora, a primeira mulher.

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PubliFolha - Mitologias

Os Olímpicos - Posêidon



Posêidon, deus do mar, era uma divindade poderosa que, com um aceno do tridente, provocava tempestades e terremotos. Era famoso por sua ira e brigava muito com os outros deuses, tentando impor seu poder sobre diferentes regiões da Grécia. Seus animais sagrados eram o cavalo e o touro, que as pessoas sacrificavam atirando-os no mar.

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Os Olímpicos - Dioniso



Deus do vinho e dos folguedos, filho de Zeus e de Sêmele, Dioniso era representado como touro, bode ou rapaz. Vagava por todo o país, bebendo vinho sem parar. Certa vez, capturado por piratas, Dioniso transformou o mar em vinho e os piratas em toninhas.

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Os Olímpicos - Ares



O temido Ares era o deus da guerra. Era filho de Zeus e Hera, dizia-se que Ares era a encarnação da ira da mãe. Aterrador no campo da batalha, tinha  um grito de guerra que era capaz de matar um mortal, foi pai de diversos heróis, quase tão fortes e terríveis quanto ele. Foi também amante de Afrodite, com o qual teve um filho, Eros. Enciumado, Hefaístos, marido de Afrodite, apanhou os amantes na cama usando uma rede tão forte que nem mesmo Ares pode rompê-la.

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Os Olímpicos - Deméter



Deusa das colheitas e da fertilidade do solo, Deméter era adorada junto com a filha Perséfone. Em Elêusis, perto de Atenas, Deméter ensinou o rei Triptólemo a arar e terra e semear o trigo. 
A cidade tornou-se famosa por seus rituais secretos, que davam aos iniciados esperança de uma nova vida após a morte, simbolizada por uma espiga, que era também o emblema da fertilidade do solo.

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Os Olímpicos - Zeus



Filho caçula dos Titãs Cronos e Réia, Zeus derrotou os Titãs e tornou-se rei dos deuses. Era ele quem governava os deuses que viviam no no Monte Olimpo, assegurando a justiça e presidindo a ordem social. Zeus punia os inimigos com seus raios, que os Ciclopes faziam para ele.  Nos céus, seus domínios, Zeus fixava a ordem das estações e o curso das estrelas. Ele teve três esposas: Metis, Têmis e Hera, e muitos com deusas, ninfas e mulheres mortais.

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Os Olímpicos - Apolo



Filho de Zeus e da deusa Leto, Apolo era o deus da luz, das artes, da medicina e da música. Sua luz era a do Sol e podia ser fonte de vida ou de destruição, benigno ou ameaçador. Na juventude, era dissoluto e vingativo contra qualquer mulher que o desprezasse. Quando Cassandra recusou suas investidas, ele lhe concedeu o dom da profecia, mas decretou que ninguém jamais acreditaria em suas predições. Com o tempo, tornou-se mais calmo, e passou a usar seus dons para cura, a música e a previsão do futuro através de seu oráculo em Delfos.

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Os Olímpicos - Hera



A terceira mulher de Zeus, Hera, deusa do casamento e do parto, era rainha dos Olímpicos. Tinha muitos ciúmes do marido e se vingava das rivais, entre elas Sêmele, Leto e Io, e dos filhos delas. Todos sofreram muito devido aos ciúmes de Hera. Os gregos chamavam o casamento Hera com Zeus de Casamento Sagrado, o que mostra a importância que atribuíam a união entre homens e mulheres.

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Os Olímpicos - Atena


Pintura em vaso representando
 Atena confrontando o Posídon

Deusa da sabedoria, Atena nasceu da testa de Zeus, depois que este engoliu a mãe dela, Metis. Seu símbolo era a mais sábia das aves, a coruja. Sabia tecer e tinha habilidade para as artes, além de ser uma deusa guerreira. Carregava uma lança e um escudo - a égide - ornamentando com a cabeça da Górgone Medusa, que petrificava quem quer que a visse. Atena era a protetora de uma região da Grécia conhecida como Ática, cuja principal cidade recebeu seu nome: Atenas.

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Os Olímpicos - Ártemis


Figura de Ártemis com muitos 
seios que a representava como 
deusa do parto


Embora Ártemis, deusa da caça e irmã gêmea de Apolo, apareça muitas vezes como uma moça jovem, levando um arco, ela também era protetora dos filhotes de animais. 
Ártemis era casta e enfurecia-se quando ameaçada. No templo de Éfeso, há uma estátua com muitos seios que a caracteriza como deusa do parto.

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Os Olímpicos - Hermes



Mensageiro dos deuses, Hermes era filho de Zeus e da ninfa Maia. Como deus responsável por tudo o que se relacionasse com movimento, viagem, estradas, moedas e transações comerciais, aparecia sempre usando um chapéu de viajante e sandálias aladas. Na mão, levava  uma varinha mágica feita de duas cobras enroscadas numa haste. Hermes tinha um lado desagradável: às vezes era portador de mentiras e falsos relatos, e podia presidir a transações suspeitas, além de negócios lícitos.

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